quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O MAIOR PROBLEMA DA SECA É POLÍTICO – por Sérgio Siqueira, vereador de Caruaru


O MAIOR PROBLEMA DA SECA É POLÍTICO – por Sérgio Siqueira, vereador de Caruaru

A seca é um problema climático, social e especialmente político, em suas consequências. O problema da seca é tão antigo que é bíblico, são os anos das “vacas magras”. Aqui no Nordeste a seca tem ciclos, é por período, podem durar anos. E a cada ciclo, ao invés de existir PREPARAÇÃO e PREVENÇÃO política de gestão, há um estado de inércia, todos ficam aguardando os prejuízos e flagelos. Mas esta mentalidade tem que mudar e o povo tem que começar a cobrar mais dos gestores públicos.

Há países que enfrentam com boas políticas problemas maiores que a seca, como terremotos, maremotos, furacões. Há toda uma preparação para enfrentar os problemas da natureza, mas tudo começa com a política. Acredito que o Nordeste irrigado e com água bem distribuída seria uma potência econômica nacional.

A causa maior da seca é obviamente natural, a região do semiárido possui pouca chuva, é um problema basicamente climático, mas as soluções são politicas. A falta da água atrasa toda a região, o desenvolvimento da agricultura e criação de animais. Consequentemente a indústria e o comércio sofrem.

Como seria um desenvolvimento sustentável para a nossa região?

Uma das primeiras medidas preventivas é criar mais reservatórios, construções de cisternas, açudes e barragens, ou seja, investir na infraestrutura.

Outra medida é prezar pelo desenvolvimento de uma agricultura sustentável adaptada ao clima e solo. Há muitas técnicas de irrigação e distribuição de água de uma região para outra.

Se houvesse maior integração do conhecimento técnico das universidades e a vontade política poderíamos ter uma situação de enfrentamento a seca bem diferente. As universidades podem trazer conhecimento para questões de tecnologia, solos, irrigação, de vegetação, de energia etc... Muitas ações estruturais podem ser implantadas somente a partir das Universidades. E muito mais pode ser feito através de órgãos especializados governamentais, experiências de outros países e mobilização da população.


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