quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

É POSSÍVEL DESPOLUIR O RIO IPOJUCA? – Por Sérgio Siqueira, vereador de Caruaru


É POSSÍVEL DESPOLUIR O RIO IPOJUCA? – Por Sérgio Siqueira, vereador de Caruaru

O Rio Ipojuca é o terceiro rio mais poluído do Brasil, atrás apenas do rio Tietê em São Paulo e Rio Iguaçu no Paraná. É triste ver o Rio Ipojuca numa situação de abandono, e não só somos testemunhas da degradação também sentimos seu fedor. O Rio Ipojuca não merece isso nem Caruaru, temos um esgoto cortando a cidade. Mas será que é possível despoluir? O que pode ser feito?

Um relatório da Comissão Mundial de Águas, entidade internacional ligada à ONU, aponta que entre os 500 maiores rios do mundo, mais da metade enfrenta sérios problemas de poluição. É um problema mundial, por causa do crescimento urbano mal planejado.

Agora, dia 20 de janeiro de 2017, a Compesa publicou em seu jornal interno que está analisando uma tecnologia francesa para tratamento de esgoto, é uma empresa de jardins filtrantes para tratamento de esgoto, é um tipo de tecnologia inovadora que não utiliza nenhum produto químico. A coordenadora de Programas Especiais do PSA Ipojuca, Cristiane Schuler disse que a  proposta é interessante principalmente pela economia de custos de operação, mas que necessita de estudo mais aprofundado por especialistas de tratamento de esgoto, visto que é uma novidade no Brasil. É algo interessante para se analisar seriamente.

Os especialistas afirmam que para despoluir um rio as medidas são simples, porém demorada e custosa.  Basicamente são 3 ações:

COLETAR todo lixo e vegetação invasora.
AFASTAR todo lixo e esgoto.
TRATAR os esgotos que são lançados no rio.

Mas o que parece simples é complexo. Os esgotos doméstico e industrial devem ser tratados. 60% do esgoto de toda cidade é despejado no Rio Ipojuca.

 O que é possível realizar para despoluir?

1. É necessário instalar estações de tratamento de esgoto.
2. Campanha de conscientização.

Um famoso rio na Inglaterra, o Rio Tâmisa foi recuperado e despoluído, mas sabe quanto tempo durou a despoluição? Mais de 100 anos. O rio estava morto, não havia mais vida no rio. As primeiras medidas foram baseadas nas instalações de estações de tratamento de esgoto e conscientização da população. Hoje o rio até peixe tem.

Outro exemplo de rio despoluído é o Rio Reno, que já foi um dos mais poluídos da Europa. A despoluição durou 20 anos. O Rio Sena na França, é outro exemplo de despoluição,  durou 70 anos a sua recuperação.

No Brasil o rio mais poluído é o Rio Tietê, o trabalho de despoluição começou em 1992 e continua até hoje. Ele ainda é o mais poluído do Brasil.

O nosso Rio Ipojuca, um importante rio de Pernambuco, que nasce em Arcoverde e vai até o nosso litoral, percorre mais de 300 quilômetros e passa por 25 cidades pernambucanas. E quando ele corta nossa Caruaru , ele recebe 60% de esgoto em seu leito. Caruaru tem um problema histórico de tratamento de esgoto.

Um problema para hoje ou para amanhã? O Rio Ipojuca tem projetos, muitos conhecem bem seus problemas, é um problema do Estado de Pernambuco, não só de Caruaru. Certamente, Caruaru cresceu demais e contribui grandemente com os problemas de lixo e esgoto no rio. E os problemas geram prejuízos para a população, especialmente problemas de saúde pública.

Temos um problema sério de multiplicação de muriçocas, que se adaptam bem ao rio poluído. Há problemas de doenças transmitidas pelos ratos, mosquitos, moscas e baratas. Enfim, uma situação favorece outra.

Tem projetos, falta execução permanente!  Existe um projeto chamado Janelas para o Rio, que inclui São Caetano, Caruaru e Bezerros. Existe um Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca (PSA Ipojuca), que trabalha na recuperação da mata ciliar degradada e a implantação do saneamento. O projeto Janelas para o Rio é um dos muitos projetos do programa de saneamento.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC) são órgãos que estão atentos ao problema, mas que a população quer ver resultados.

Em 2016 a Compesa publicou que fará um mapeamento das fontes poluidoras do Rio Ipojuca: ( http://servicos.compesa.com.br/fontes-poluidoras-do-rio-ipojuca-serao-mapeadas/ ).


A Compesa tem um programa especial para o Rio Ipojuca, conheça:

As ações do município sempre foram limitadas, apenas retira o excedente de entulhos e as baronesas (plantas aquáticas indicadoras de poluição). Esgoto doméstico é um problema de infraestrutura. Temos que trabalhar para encontrar soluções. O povo não vê o poder público trazer melhorias para o rio, daí tranquilamente faz dele um lixão. Lamentável que estamos todos nós passando por isso.

Precisamos de mais mobilização por parte dos poderes públicos para acompanhar os projetos, cobrar dos órgãos responsáveis, mobilizar governos estadual e federal, enfim, não cruzar os braços e esperar que em 2050 aconteça alguma iniciativa. Levar o tema para ser discutido na política, na mídia, nas escolas e envolver toda nossa sociedade. O problema já bate à porta e mais cedo ou mais tarde teremos que recuperar um rio tão importante para Pernambuco e para a nossa Caruaru. Vamos torcer para que não seja muito tarde.


Referências:





sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Diretoria da Associação dos Moradores da Boa Vista I e II CARUARU


Estive presente na posse da nova Diretoria da Associação dos Moradores da Boa Vista I e II.

Saudações a todos os amigos presentes na reunião.

Parabéns ao novo presidente ANDERSON LUIZ; desejamos que esta Associação desempenhe um excelente trabalho para os bairros Boa Vista I e II.

Parabéns ao ex-presidente JORGE CASAGRANDE, que se dedicou a esta querida comunidade de famílias de bem da nossa Caruaru.

Sucesso a nova diretoria neste novo mandato!
Coloco meu mandato de vereador da Câmara de Caruaru à disposição dos moradores da Boa Vista I e II.
Contem com nosso apoio!
Sérgio Siqueira

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O MAIOR PROBLEMA DA SECA É POLÍTICO – por Sérgio Siqueira, vereador de Caruaru


O MAIOR PROBLEMA DA SECA É POLÍTICO – por Sérgio Siqueira, vereador de Caruaru

A seca é um problema climático, social e especialmente político, em suas consequências. O problema da seca é tão antigo que é bíblico, são os anos das “vacas magras”. Aqui no Nordeste a seca tem ciclos, é por período, podem durar anos. E a cada ciclo, ao invés de existir PREPARAÇÃO e PREVENÇÃO política de gestão, há um estado de inércia, todos ficam aguardando os prejuízos e flagelos. Mas esta mentalidade tem que mudar e o povo tem que começar a cobrar mais dos gestores públicos.

Há países que enfrentam com boas políticas problemas maiores que a seca, como terremotos, maremotos, furacões. Há toda uma preparação para enfrentar os problemas da natureza, mas tudo começa com a política. Acredito que o Nordeste irrigado e com água bem distribuída seria uma potência econômica nacional.

A causa maior da seca é obviamente natural, a região do semiárido possui pouca chuva, é um problema basicamente climático, mas as soluções são politicas. A falta da água atrasa toda a região, o desenvolvimento da agricultura e criação de animais. Consequentemente a indústria e o comércio sofrem.

Como seria um desenvolvimento sustentável para a nossa região?

Uma das primeiras medidas preventivas é criar mais reservatórios, construções de cisternas, açudes e barragens, ou seja, investir na infraestrutura.

Outra medida é prezar pelo desenvolvimento de uma agricultura sustentável adaptada ao clima e solo. Há muitas técnicas de irrigação e distribuição de água de uma região para outra.

Se houvesse maior integração do conhecimento técnico das universidades e a vontade política poderíamos ter uma situação de enfrentamento a seca bem diferente. As universidades podem trazer conhecimento para questões de tecnologia, solos, irrigação, de vegetação, de energia etc... Muitas ações estruturais podem ser implantadas somente a partir das Universidades. E muito mais pode ser feito através de órgãos especializados governamentais, experiências de outros países e mobilização da população.


sábado, 14 de janeiro de 2017

PAPEL DO MUNICÍPIO PARA INCENTIVO DA PRÁTICA DA CIDADANIA - Sérgio Siqueira, vereador de Caruaru


Papel do município para incentivo da prática da cidadania - Por sérgio siqueira vereador caruaru

O que é cidadania? É o cidadão que tem direitos e deveres, um participante da vida política. O nome “Cidadania” vem do latim “Civitas” que significa “Cidade”. Ou seja é um participante político da cidade. Como uma cidade funciona? Com comunidades politicamente conectadas, articuladas, onde há direitos e deveres para se viver nela.

Num sentido mais amplo a cidadania pode ser aplicada ao Estado-Nação. Somos cidadãos brasileiros, um exemplo. A cidadania abrange direitos políticos, sociais, que envolvem o bem-estar econômico, educação, saúde, lazer, cultura etc. E a cidadania está sempre em CONSTRUÇÃO, é dinâmica, por isso dizemos que se constrói cidadania.

A cidadania é uma conquista, sempre podemos buscar melhoras, em direitos e deveres, maior liberdade e mais garantias, individuais e coletivas, sempre respeitando a Constituição.

Há muito que fazer ainda, temos altos índices de miséria, desemprego, analfabetismo, muita violência etc. Podemos criar novas leis municipais para uma boa transformação da cidade. A cidadania se renova e transforma a cidade. O ideal é sempre pensar no coletivo e a favor das gerações futuras, nossos filhos. Que tipo de cidade queremos deixar para eles? Quais direitos civis deixaremos? Quais direitos políticos, sociais e humanos iremos deixar? Temos que fazer algo positivo pela educação de qualidade, hoje. Pela saúde, por uma maior participação do povo na vida pública, por mais igualdade de emprego. Uma Câmara Municipal de Vereadores pode legislar de muitas formas para o bem comum do município.

Vivemos em sociedade, e a política é algo inevitável para a organização social. E toda organização tem deveres e direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Sempre devemos entender a cidadania ligada aos direitos humanos, à democracia e a ética.

Não fique de fora da política, cidadão, cidadã. Apesar dos desgastes não se pode desistir das organizações sociais constituídas. A construção da cidadania depende das vontades do povo. Participe, colabore, opine, proteste, cobre, informe-se. Sua participação é muito importante. O que você pode fazer para beneficiar sua comunidade, sua escola, sua rua?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

UMA REALIDADE PARA OS MUNICÍPIOS: ENVELHECIMENTO POPULACIONAL - Sérgio Siqueira, Vereador Caruaru

Uma realidade para os municípios: Envelhecimento Populacional
Por sérgio siqueira, vereador de caruaru

Uma realidade não só para os municípios, mas para todo o Brasil e muitos países do mundo. Sim, estamos envelhecendo numa proporção maior que o crescimento de jovens. A taxa de fertilidade também é menor do que no passado. Antes as famílias eram grandes, com muitos filhos e netos, hoje a realidade é bem diferente. Há também mais gente chegando à velhice, antes havia um aumento de mortalidade, as pessoas morriam mais cedo. A expectativa de vida aumentou. Hoje a expectativa é de 73 anos aproximadamente no Brasil.

O Brasil está em processo de envelhecimento, nos anos 50 e 60 do século passado havia uma grande população de jovens e muitos bebês nascendo. Hoje nasce bem menos e a população envelhece numa escala maior. Em um futuro próximo seremos uma nação com muitos idosos.

O que pode ser feito social e politicamente para termos um futuro melhor para os idosos? Deve-se pensar em algumas diretrizes hoje. Com certeza um dos primeiros cuidados devem ser com a saúde e a aposentadoria. A atenção com os idosos deve ser um alerta em relação a saúde pública. Como poderemos trabalhar hoje para que eles sejam cuidados, protegidos e vivam de modo digno sua cidadania? Em 2020 teremos mais de 30 milhões de idosos.

Vamos precisar de melhores políticas públicas de amparo aos idosos, necessitaremos de maior mobilização educacional para orientar os cuidadores familiares e sociais.

Segundo Berlindes Astrid Küchemann, professora associada do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília-DF, sobre envelhecimento populacional, cuidado e cidadania: velhos dilemas e novos desafios, diz:
No Brasil, a Constituição de 1988, a Política Nacional (1994) do Idoso e o Estatuto do Idoso (2003) consideram que o suporte aos idosos e às idosas seja da responsabilidade da família, do Estado e da sociedade. As leis e medidas elaboradas pelo Estado têm por objetivos proteger o/a idoso/a, fornecer subsídios que garantam sua participação na comunidade, defender sua dignidade, zelar pelo seu bem-estar e garantir o direito à vida.


Temos que pensar hoje, pois a nova realidade já bate à porta. Que os municípios comecem a tomar algumas medidas preventivas, sociais, educacionais, para tratar melhor essa população crescente que merece todo o nosso respeito.


INFORMAÇÃO E AÇÃO: AS DUAS ARMAS MAIS PODEROSAS NO COMBATE AO MOSQUITO AEDES AEGYPTI


INFORMAÇÃO E AÇÃO: AS DUAS ARMAS MAIS PODEROSAS NO COMBATE AO MOSQUITO AEDES AEGYPTI -- Por Sérgio Siqueira, Vereador Caruaru.

Muita gente já pegou dengue, zika ou chikungunya, ou conhece alguém que já teve. O verão chegando, um pouco de chuva, e a combinação perfeita para a proliferação do mosquito Aedes  acontece. E muita gente fica doente e alguns sofrem consequências mais graves.


O fato é que a transmissão dos vírus que conhecemos bem em nossa região precisa ser combatida. E sem o apoio da sociedade civil não vamos ter nenhum resultado positivo, os hospitais continuarão cheios. Precisamos da UNIÃO de mais e mais pessoas para não favorecer o ambiente que os mosquitos se desenvolvem.


Como acabar com os criadouros? A regra mais simples é não favorecer os ambientes que eles gostam. As fêmeas do mosquito colocam seus ovos próximos à superfície da água. Águas paradas em calhas, pratos, copos, plásticos, vasos, materiais diversos, construções, terrenos com lixo etc. 

A informação mais importante e óbvia: É preciso (sempre, de modo repetido) informar e educar, o que não é fácil, mas necessário. Seja numa conversa com vizinhos, em reuniões de moradores, nas Redes Sociais etc. É preciso sempre lembrar.

Outro fator muito importante é que a responsabilidade  é de todos, deve ser INTEGRADA, não é algo somente dos agentes de saúde, mas de todos. O poder público sozinho não resolverá, é preciso da sociedade civil. O agente de saúde é mais um orientador, a maior responsabilidade é das pessoas.  


A população precisa tomar iniciativa de eliminar os focos, matar as larvas e manter o controle. Não adianta combater na caixa d'água e não combater no terreno que tem lixo ou pneu. Mantenha sua casa sem locais favoráveis ao mosquito, mas se você fizer e seu vizinho não, o trabalho é ineficaz. 


Como vereador devo cooperar, informar e alertar. Faça sua parte, precisamos de união. 

sábado, 7 de janeiro de 2017

CONSIDERAÇÕES SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – Por Sérgio Siqueira, Vereador de Caruaru


Considerações sobre a violência contra a mulher – Por Sérgio Siqueira, Vereador de Caruaru

A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) é a principal legislação brasileira para enfrentar a violência contra a mulher. A norma é reconhecida pela ONU como uma das melhores legislações do mundo no combate à violência contra a mulher. Além da Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio, assinada pela presidente Dilma em 2015, colocou a morte de mulheres como crime hediondo.

Pesquisas revelaram que 78% das mulheres (entre 16 e 24 anos) relataram já ter passado por algum tipo de assédio. Tipos comuns de assédio: Cantadas ofensivas, assédio ou toque em balada ou festa, assédio físico em transporte publico. Sobre o machismo: 96% dos jovens afirmam que há machismo no país. A violência no lar: 43% de jovens já viram a mãe ser agredida. Estes são dados da Secretaria de Políticas para Mulheres do Governo Federal.

No que diz respeito à prevenção da violência contra as mulheres, o cenário brasileiro é um dos piores. No entanto, em relação à proteção das vítimas quando a violência já foi cometida, houve avanços no Brasil nos últimos anos. Legislações como a Lei Maria da Penha, de 2006, e da Lei do Feminicídio, de 2015, são consideradas as melhores do mundo na área. Outra ação importante foi o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, de 2007, um acordo entre governos federal, estaduais e municipais que consolida ações de proteção. E muito mais pode ser feito.

As Nações Unidas têm um programa mundial pelo fim da violência contra as mulheres e isso influencia globalmente. O assunto é tão atual e relevante que o atual ministro da justiça Alexandre Moraes incluiu o combate à violência no Plano Nacional de Segurança pronunciado ontem dia 06/01/2017. Anunciou a criação de Patrulhas Maria da Penha para combater a violência contra a mulher e reduzir os feminicídios.

O ministro disse que mais patrulhas deverão fazer visitas periódicas às mulheres em situação de violência doméstica. Haverá capacitação de profissionais para atuar na prevenção e no reforço do policiamento comunitário, além de oferecer cursos de capacitação para as vítimas. “Não há crime mais subnotificado que a violência contra a mulher", disse o ministro. Vale destacar na sua fala algo muito importante: "A segurança pública não é só questão de polícia. É uma questão social, mas mesmo na persecução penal, é uma questão de integração do Ministério Público com o Poder Judiciário. A proximidade gera um combate muito mais eficaz".

Muito tem se falado em feminicídio ou femicídio. São termos usados para nomear toda violência contra a mulher - que leva ou pode levar à morte. Vai desde o assédio verbal e outras formas de abuso emocional, até o abuso físico ou sexual. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o feminicídio geralmente envolve o assassinato intencional de mulheres apenas por serem mulheres. Quais são as formas de combate?

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considera a violência contra mulheres uma das violações de direitos humanos mais presentes no mundo. A Organização possui uma campanha chamada “Una-se pelo fim da violência contra as mulheres”. Além dos direitos humanos e da educação, a Organização Mundial da Saúde, a OMS cita seis maneiras de combate ao feminicídio. São elas (fonte: Portal Brasil):

• Reforçar a vigilância e rastreio de violência por parceiros íntimos: trabalho de cooperação entre polícia, médicos e agências, com objetivo de coletar e relatar com mais detalhes a relação vítima-infrator e a motivação para o homicídio.
• Capacitar e sensibilizar profissionais de saúde.
• Capacitar e sensibilizar policiais: junto de entidades de proteção às crianças, a polícia é o principal serviço que pode dar suporte às menores afetadas pelo feminicídio
• Aumentar a prevenção e pesquisa de intervenção: segundo a OMS, esta é a melhor maneira de reduzir o feminicídio no mundo, pois intimida a violência de parceiros. Entender como os crimes acontecem torna o trabalho de prevenção mais fácil.
• Reduzir a posse de armas e fortalecer as leis sobre armas: o risco de morte entre as mulheres vítimas do feminicídio cresce três vezes quando existe uma arma em casa.
• Reforçar a vigilância, investigação, leis e consciência de assassinato em nome da "honra”.

Você sabia que a violência doméstica vai muito além da agressão física ou do estupro?  A Lei Maria da Penha classifica os tipos de abuso contra a mulher nas seguintes categorias: violência patrimonial, violência sexual, violência física, violência moral e violência psicológica.

Conheça algumas formas de agressões que são consideradas violência doméstica no Brasil -- Fonte: Portal Brasil:

1: Humilhar, xingar e diminuir a autoestima. Agressões como humilhação, desvalorização moral ou deboche público em relação à mulher constam como tipos de violência emocional.

2: Tirar a liberdade de crença. Um homem não pode restringir a ação, a decisão ou a crença de uma mulher. Isso também é considerado como uma forma de violência psicológica.

3: Fazer a mulher achar que está ficando louca. Há inclusive um nome para isso: o gaslighting. Uma forma de abuso mental que consiste em distorcer os fatos e omitir situações para deixar a vítima em dúvida sobre a sua memória e sanidade.

4: Controlar e oprimir a mulher. Aqui o que conta é o comportamento obsessivo do homem sobre a mulher, como querer controlar o que ela faz, não deixá-la sair, isolar sua família e amigos ou procurar mensagens no celular ou e-mail.

5: Expor a vida íntima. Falar sobre a vida do casal para outros é considerado uma forma de violência moral, como por exemplo vazar fotos íntimas nas redes sociais como forma de vingança.

6: Atirar objetos, sacudir e apertar os braços. Nem toda violência física é o espancamento. São considerados também como abuso físico a tentativa de arremessar objetos, com a intenção de machucar, sacudir e segurar com força uma mulher.

7: Forçar atos sexuais desconfortáveis. Não é só forçar o sexo que consta como violência sexual. Obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa, como a realização de fetiches, também é violência.

8: Impedir a mulher de prevenir a gravidez ou obrigá-la a abortar. O ato de impedir uma mulher de usar métodos contraceptivos, como a pílula do dia seguinte ou o anticoncepcional, é considerado uma prática da violência sexual. Da mesma forma, obrigar uma mulher a abortar também é outra forma de abuso.

9: Controlar o dinheiro ou reter documentos. Se o homem tenta controlar, guardar ou tirar o dinheiro de uma mulher contra a sua vontade, assim como guardar documentos pessoais da mulher, isso é considerado uma forma de violência patrimonial.

10: Quebrar objetos da mulher. Outra forma de violência ao patrimônio da mulher é causar danos de propósito a objetos dela, ou objetos que ela goste.



CENTRAL DE ATENDIMENTO À MULHER -- LIGUE 180

Processo participativo do povo na política


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

CAMINHOS PARA UMA POLÍTICA MUNICIPAL DE SEGURANÇA – Por Sérgio Siqueira, Vereador de Caruaru


CAMINHOS PARA UMA POLÍTICA MUNICIPAL DE SEGURANÇA – Por Sérgio Siqueira, Vereador de Caruaru

Praticamente todos os munícipios do Brasil têm mais problemas do que soluções na área de segurança pública. É um problema nacional e nós, de Caruaru e região estamos vivendo num cenário de aumento da criminalidade. O direito do cidadão de ir e vir está ficando cada vez mais complicado. Todos estão perguntando, o que fazer? Quais as soluções? Quais os caminhos?

A população está descontente e muitas vezes desacreditada das políticas públicas sobre segurança. A sensação é que os governos municipais, estaduais e federais perderam o controle. E enquanto nenhuma grande mudança acontece o povo é refém da marginalidade. Estamos perante uma crise econômica e um alarmante crescimento da criminalidade e violência.

Senão vejamos, o atual ministro da justiça Alexandre Moraes fez um pronunciamento hoje (06/01/2017), no Palácio do Planalto, e comunicou o Plano Nacional de Segurança, que será implantado em todo Brasil em 2017. O pronunciamento acontece em meio a uma crise no sistema penitenciário no Norte do país, em Manaus e Roraima, com dezenas de mortes em rebeliões. O Plano Nacional de Segurança foi dividido em três pontos principais: combate ao tráfico de drogas e armas e ao crime organizado, redução dos homicídios e feminicídios e na modernização e racionalização do sistema penitenciário. Essa crise no sistema penitenciário é um reflexo de um cenário bem maior e mais complexo. Se o governo federal enfrenta grandes problemas o que diremos dos municípios?

Vamos estreitar mais o assunto, o que o município pode fazer? Quais são os caminhos que um governo local pode tomar? Segurança é prioridade da agenda de toda cidade do país, dos estados e do governo federal. Nós vivemos em cidades (a maior parte da população) e todos nós queremos uma cidade segura, e precisamos buscar soluções concretas de política publica de segurança. Necessitamos de uma cidade pacifica. Tivemos somente em Caruaru 224 homicídios em 2016, milhares de assaltos registrados (quase 7 mil), e sabemos que muitas vítimas não registram ocorrência. A sociedade civil faz o que pode para se proteger, desde uso de informação pelas redes sociais e aplicativos como WhatApp, grades, alarmes, cercas, câmeras e outras medidas alternativas. E continuamos inseguros, com medo de conversar na porta de casa ou de trabalhar no comércio.

O que a sociedade civil pode fazer? O que podemos fazer? Não será uma resposta fácil. Algumas atitudes ou caminhos podem ser tomados. Em primeiro lugar: A sociedade civil pode cobrar mais transparência do poder publico (ela deve colaborar com a segurança pública e também cobrar dos gestores mais ações concretas), pode também se mobilizar para atuar em uma maior participação social; deve respeitar as leis. Estes são os primeiros passos para sair da inércia social.

Considero para os municípios que uma das alternativas é uma guarda municipal armada, preparada, equipada e integrada com outras forças de segurança. Uma guarda municipal preparada é uma guarda municipal inteligente, que saiba compartilhar e aproveitar as informações de organizações policiais, do sistema de justiça criminal, da colaboração e aproximação com a população, que combata a criminalidade em áreas urbanas especificas, que compreenda os fatores de risco de determinadas áreas, para compreender, prevenir, proteger e combater. Que conheça a realidade local e que seja respeitada pela população. Não que irá substituir uma força policial estatal, mas que seja um reforço e complemento. Com um efetivo patrulhamento, ronda e vigilância. É preciso considerar esta alternativa, não como uma solução definitiva para todos os problemas de segurança pública, mas como um fator cooperador de um conjunto de medidas.

O município precisa buscar e estabelecer parceria e colaboração com a sociedade. A área de segurança pública é um assunto muito amplo que envolve questões econômicas, sociais, culturais, organização estatal, justiça criminal, administração penitenciária e outras instâncias. E tudo deve começar certamente com a PREVENÇÃO.

Prevenção é a primeira área de atuação da segurança pública. E a prevenção envolve muito mais que a atuação da força policial, envolve combater a desigualdade econômica, investir em educação, saúde, moradia, esporte, cultura, combate às drogas, infraestrutura urbana, valorização do espaço publico e outros fatores. -- Esta é uma recomendação da ONU para todos os países. Em seu programa Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos. Entre outras atividades incluem a formação e o fomento de capacidade dos dirigentes locais, garantindo os direitos da mulher, politicas de gestão, combater a delinquência, redução de pobreza, aumento de emprego, desenvolvimento econômico, moradias e outros desenvolvimentos. Segurança pública é um quadro amplo. E assim deve ser enfrentado. Parece algo sem solução, mas há caminhos.

Há ainda outros elementos colaborativos (preventivos) para redução de crimes e violência:

- Mediação de conflitos.
- Atendimento, orientação e proteção de vitimas.
- Medidas socioeducativas para adolescentes infratores.
- Qualificação educacional e profissional do preso.
- Reinserção na família e na comunidade para os adolescentes e egressos do sistema prisional.

Há medidas de médio e longo prazo. E não adianta negligenciar ou ignorar o problema. Há muito que pode ser feito. E estamos falando apenas no âmbito da prevenção, ainda há as atuações repressivas. A segurança pública se faz com PREVENÇÃO e REPRESSÃO. A repressão é tão importante quanto a prevenção. Como no corpo humano, não há perna mais importante, ambas são fundamentais. É necessário uma melhor integração de ações em diversas esferas do governo e da sociedade. Todos por um bem comum, reduzir a criminalidade e violência e aumentar a segurança dos cidadãos. Esse é o grande objetivo e a luta diária das cidades.

A segurança envolve prevenção e repressão. Quando ambas funcionam a sensação de impunidade diminui e ganhamos uma cidade mais segura. É preciso articular parcerias e colaborações entre gestão municipal, sociedade civil (incluindo setor privado). Segundo a publicação de Paulo de Mesquita Neto, Ph.D. em Ciência Política pela Universidade de Columbia, coordenador da área de Direitos Humanos do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, em seu artigo Análises e Propostas, Políticas Municipais de Segurança Cidadã: Problemas e Soluções (2006) (link: http://library.fes.de/pdf-files/bueros/brasilien/05612.pdf):

Lideranças comunitárias, grupos e movimentos sociais possuem a capacidade de organizar e mobilizar atores locais e garantir a participação da comunidade. Possuem ainda a capacidade de mobilizar e articular a participação de agentes públicos, além de sustentá-la e dar continuidade a programas e ações durante processos de mudança de governo. A participação destas lideranças, grupos e movimentos é uma prioridade no desenvolvimento de políticas de segurança cidadã.

É um assunto complexo e espinhoso, em 2014 o Brasil tinha 11 cidades mais violentas num ranking de 30 cidades em todo mundo. E nesta lista muitas cidades do Nordeste. Não é uma realidade simples de mudar, mas que precisamos hoje analisar as saídas possíveis. É um trabalho gigante e integrado. Não existe uma solução fácil. É necessário trabalhar na redução da incidência e da reincidência do crime. E a participação da sociedade civil é muito importante.



quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NA POLÍTICA - Sérgio Siqueira, Vereador Caruaru


A importância da participação popular na política

De modo geral é comum ouvir sobre processo participativo do povo na política, mas o que é mesmo processo participativo?

É quando o povo ou um grupo local (seja municipal, regional, estadual ou federal) participa de debates públicos e faz com esses debates mobilizem o maior número de pessoas possível e influenciem os representantes políticos para solucionar alguma demanda social.

As eleições fazem parte de um processo participativo popular, mas o povo não tem a cultura de se envolver da mesma forma que se envolve nas eleições quando fora desse período, durante os mandatos dos seus representantes, o que é uma carência da democracia.

Qualquer grupo da sociedade pode se envolver ativamente na política, desde que use meios legais e constitucionais de reivindicações. Porém culturalmente o povo não participa ativamente do período fora das eleições, como já fora citado.

Em países mais desenvolvidos que o nosso, a gestão política anda juntamente com os processos participativos da sociedade civil. Pois o processo é ampliado para tomar decisões importantes para toda a sociedade, reconhecendo que a democracia não é só votar, de quatro em quatro anos, mas envolver a sociedade com reuniões, conferências, consultas e participações.

O papel da política é conscientizar os cidadãos que desenvolvam sociedades orientadoras da politica, implementações necessárias. Uma comunidade ou localidade conhece bem os problemas que os políticos por vezes desconhecem, pois existe na comunidade uma maior proximidade da realidade. E muitas vezes os políticos estão distantes. A participação popular bem orientada é um fator positivo para a democracia.

Há diversas possibilidades de participação na gestão pública. Exemplo dos conselhos de políticas públicas, as conferências, audiências e consultas públicas, que são modelos de processos participativos previstos na legislação.

Quais são os grandes princípios desse incentivo dos processos participativos? Podemos resumir em MAIS:

>>DEMOCRACIA
>>CIDADANIA
>>PARTICIPAÇÃO
>>INCLUSÃO
>>PLURALISMO
>>JUSTIÇA SOCIAL

A democracia é muito importante, mas não pode continuar para sempre resolvendo todos os problemas sociais somente pela democracia representativa (os eleitores escolhem representantes que muitas vezes não representam de fato os interesses de uma sociedade). Apesar de continuar sendo democracia constitucional. Envolver o povo no processo que busca resolver problemas específicos que os representantes não solucionaram é importante para ampliar a democracia.

O processo participativo do povo é de grande relevância porque permite detectar melhor as demandas, problemas, prioridades e interesses sociais, e faz do cidadão um participante da política mais preparado. A democracia representativa é legal e sempre existirá e seu funcionamento é inerente à máquina pública administrativa. Mas esta não deve temer a ampliação da visão dos eleitores mais conscientes. O cidadão deve cooperar com a gestão política. E a política deve fazer novas aberturas participativas. Dessa maneira todos ganham.

O povo brasileiro, em todos os municípios, quer mais transparência, mais acesso das informações de gestão pública, dos orçamentos, de uma maior liberdade para protestar sem qualquer tipo de perseguição, enfim, mais democracia participativa. A velha política não tem compromisso em incentivar essa participação, mas os dias de hoje exigem que haja maior participação e o povo está participando mais e está mais bem informado. A participação popular tem muito a contribuir nas políticas públicas e é um direito do povo.

A participação do povo não deve ser apenas figurativa. A participação figurativa “faz de conta” que o povo participa, mas a participação real de resultados nada muda nesse tipo de gestão pública. É preciso que mais pessoas participem e reivindiquem mais canais abertos de participação, mais espaços de diálogos entre gestão politica e sociedade. Envolva-se cidadão, cidadã, amplie os espaços da democracia! Mobilize sua comunidade. Sempre de forma amigável, com diálogo, respeito às diferenças de opinião e à democracia.


O processo participativo popular pode levar suas demandas para o Legislativo Municipal, para o Ministério Público e outras instituições, organizações, rádios, jornais e instâncias corretas, a depender da necessidade e compromisso com o desenvolvimento do município ou estado, e o bem comum.

Encaminhe propostas, converse com seus representantes, participe! Fortaleça a democracia sempre! O povo sabe onde a dor aperta, conhece como ninguém as necessidades, prioridades e carências do lugar em que vive.

As informações técnicas dos gestores são importantes, e elas serão melhores em conjunto com o povo. Podendo gerar mais soluções criativas. O exercício da cidadania vai além do dia das eleições.


A CONFUSÃO MENTAL DOS IDOSOS ( UTILIDADE PÚBLICA )


A CONFUSÃO MENTAL DOS IDOSOS ( UTILIDADE PÚBLICA )
Confusão mental do idoso ( leia, é pequeno, importante e sério )

Principal causa da confusão mental no idoso

Arnaldo Lichtenstein, médico

Sempre que dou aula de clínica médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:
- Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?

Alguns arriscam: *"Tumor na cabeça".
Eu digo: "Não".
Outros apostam: "Mal de Alzheimer"
Respondo, novamente: "Não".
A cada negativa a turma se espanta.... E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns:
- diabetes descontrolado;
- infecção urinária;
 - a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.

Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos.

Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez.

A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte..

Insisto: não é brincadeira.

Na melhor idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água no corpo. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento.
Portanto, os idosos têm menor reserva hídrica.

Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.

Conclusão:

Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.

Por isso, aqui vão dois alertas:

1 - O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite, sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!
2 - Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que sejam sintomas decorrentes de desidratação.

(*) Arnaldo Lichtenstein, médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

A ADUTORA DO AGRESTE É A SOLUÇÃO? Por Sérgio Siqueira Vereador de Caruaru


A ADUTORA DO AGRESTE É A SOLUÇÃO? Por Sérgio Siqueira Vereador de Caruaru

2017 promete, a obra da Adutora do Agreste está ganhando fôlego e as obras estão progredindo. Dos 420 km previstos, 300 km já foram executados. A Compesa já trabalha com a possibilidade de levar água em 2017 a 23 municípios. Será muito importante para Caruaru e região.

A Adutora do Agreste é juntamente com a transposição do Rio São Francisco as obras mais importantes para os pernambucanos. Investimento previsto para mais de 1 bilhão de reais. Vai abastecer com água dezenas de municípios:

AGRESTINA, ALAGOINHA, ALTINHO, BARRA DE GUABIRABA, BELO JARDIM, BEZERROS, BONITO, BREJO DA MADRE DE DEUS, CACHOEIRINHA, CAMOCIM DE SÃO FÉLIX, CARUARU, CUPIRA, GRAVATÁ, IBIRAJUBA, JATAÚBA, LAGOA DOS GATOS, PESQUEIRA, POÇÃO, RIACHO DAS ALMAS, SAIRÉ, SANHARÓ, SÃO BENTO DO UNA, SÃO CAITANO, SÃO JOAQUIM DO MONTE, TACAIMBÓ, ANGELIM, BOM CONSELHO, BREJÃO, BUÍQUE, CAETÉS, CALÇADO, CANHOTINHO

Segundo o Diário de Pernambuco do dia 03/01/2017: A Adutora do Agreste, a maior obra hídrica em execução no Brasil, poderá fornecer água para Toritama, a partir de maio, e Santa Cruz do Capibaribe em setembro. O governador Paulo Câmara solicitou que sejam colocadas em operação as tubulações já implantadas na adutora.

Ainda o Diário informa que: Uma das alternativas para antecipar a chegada da água será a Adutora do Moxotó, primeira ligação da Transposição com as regiões do Sertão e Agreste de Pernambuco. A Compesa vai “puxar” a adutora de 70 km de extensão, pela BR-232 até Arcoverde, e de lá segue por um trecho de 130 km da Adutora do Agreste até os municípios de Pesqueira, Belo Jardim e São Caetano. Essa engenharia vai tornar possível levar água da transposição do Rio Francisco captada na Barragem do Moxotó, situada no distrito de Rio da Barra (Custódia), no Sertão, até a cidade de São Caetano, no Agreste, com uma vazão total de 450 litros por segundo.

Além disso, os trechos da Adutora do Agreste que vão de Caruaru a Toritama, e de Toritama a Santa Cruz do Capibaribe serão finalizados para começar a receber água do Sistema do Pirangi, a partir dos meses de maio e setembro de 2017, respectivamente. O Sistema do Pirangi já está na reta final de conclusão das obra, segundo o estado e vai levar água do município de Catende, na Mata Sul do estado, para a Barragem do Prata, situada em Bonito, beneficiando dez cidades do Agreste.

Entenda a obra da Adutora do Agreste:

420 km  de adutora estão previstos
300 km estão concluídos
15  frentes de trabalho simultâneas em 2017
R$ 142 milhões  liberados para a obra
23 municípios  beneficiados este ano
45%  da estação de tratamento estão concluídos
R$ 1,4 bilhão  é o custo total da obra
R$ 610 milhões  foram executados
2 milhões  de pessoas beneficiadas em 68 municípios

Será que a crise hídrica tem solução? Quais são os caminhos alternativos e possíveis para melhorar a situação. A Adutora é a solução?

COM CERTEZA, a Adutora é muito importante no cenário atual de seca prolongada. Mas é preciso entender o problema com mais profundidade.

Temos que entender que a seca é um fenômeno cíclico, ou seja, de tempos em tempos algumas regiões são castigadas com a estiagem, umas mais prolongadas que outras. A opinião pública tem que cada vez mais entender e cobrar dos governantes que as medidas para amenizar a crise hídrica conquistadas devem ser preservadas e novas medidas devem chegar para reforçar os períodos longos de seca.

Não deve ser uma ação isolada de um governo, mas de todos, em todos governos consecutivos. Significa cada vez mais vontade política de fazer surgir um Nordeste forte e preparado para outros ciclos de seca.

A política não deve somente trabalhar para ter resultados em curto prazo, mas a longo também. O problema é que muitas vezes trabalhar em longo prazo não "conquista" os votos dos eleitores impaciente e imediatistas, consequentemente muitos políticos tornam-se imediatistas. Aquela velha história e política, “saneamento não dá voto porque o povo não vê, viadutos, estradas dão mais votos, pois são obras visíveis.” Mas quando falamos de falta de infraestrutura para milhões de pessoas, os blocos políticos não podem pensar somente a curto prazo. É preciso pensar em longo prazo. Isto é muito importante. E com a união de todos.

Alguns países da África, Oriente Médio e outros lidam com uma falta d’água muito maior que a nossa e estão encontrando soluções. Não são investimentos baratos e são de longo prazo. Uma grande nação se deve pensar também em longo prazo. E enquanto as grandes obras estão sendo trabalhadas, muitas medidas menores podem ser tomadas.

Esses países citados que estão situados em geografia árida e desértica buscam todos os tipos de soluções. E encontram, o Nordeste não será diferente, com vontade política e com o cidadão consciente e fiscalizador.

Ideias simples: O aproveitamento da água da chuva pode ser feito para os períodos entre os ciclos da seca. Um bom exemplo: O programa Um Milhão de Cisternas, promovido pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), aproveita as condições climáticas para criar uma estratégia de sobrevivência para as famílias da região. No Semiárido, a chuva cai em grande quantidade, mas em poucos dias.

O projeto ajuda as famílias a construírem cisternas capazes de armazenar água suficiente para 5 pessoas se manterem por até 8 meses. Eles recebem também um kit de cloração para tornar a água própria para consumo.

Outro fator simples em tempo de crise é combater o desperdício, usar a água com consciência, evitar o desperdício sempre. Para isso se faz necessário realizar campanhas constantes em todos os meios de comunicação, levar uma campanha perene para todos os setores da sociedade, a começar das escolas, que já fazem isso, talvez apenas intensificar. Pesquisar, incentivar e investir em técnicas de irrigação mais econômicas, desenvolver sistemas sanitários mais eficientes em combater o desperdício. Quase 40% de toda água tratada é desperdiçada ao longo da distribuição. Isso é muito para quem tem pouco. É preciso fiscalizar melhor a distribuição de água e os vazamentos, combater as ligações clandestinas. Estas são medidas possíveis e ao alcance da fiscalização.

3 fatores temos para superar uma crise hídrica:

1. Esperar pela chuva acima da média.
2. Fazer economia do uso da água.
3. Obras estruturais do governo.

Esperar pelas chuvas já estamos esperando há seis anos, economizar mais que o povo nordestino é difícil, nos resta esperar pelas obras estruturais do governo.

Cerca de 25 milhões de brasileiros enfrentaram falta de água ao longo do ano, segundo levantamento feito pelo GLOBO em órgãos estaduais de gestão de recursos hídricos. O Nordeste é a região mais afetada e enfrenta a pior seca do século, que já entra no sexto ano e não dá mostras de que vai acabar agora. É importante que, mesmo numa situação de alívio (esperamos que chegue), a população continue economizando e fiscalizando.

Os governos estadual e federal estão dando sinais de mobilização, cabe ao cidadão comum acompanhar, fiscalizar, cobrar e não apenas esperar que venha do céu. A situação atual não está nada fácil, muitos lugares estão à beira do colapso total. Tanto o povo quanto os governantes não podem esquecer jamais desses ciclos de seca. E nos prepararmos melhor para as futuras estiagens.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

VOTO ABERTO, DEBATE ABERTO - por Sérgio Siqueira


VOTO ABERTO, DEBATE ABERTO - Sérgio Siqueira Vereador (Caruaru-PE).

Todo servidor público, seja vereador, prefeito, secretários e tantos outros servidores, em qualquer esfera da federação, deve questionar o seu papel como agente de TRANSFORMAÇÃO da sociedade. No voto aberto o vereador afirma seu papel transformador. O voto aberto carrega em si muito mais que resultados TRANSPARENTES, vai além, tem o poder de MOBILIZAR o povo e trazê-lo para dentro da política.

É preciso refletir e questionar como o poder político trata o povo e a cidade e se esforçar para fazer diferente e melhor.

Todo governo democrático deve ser mais flexível e aberto para novas participações, só assim criaremos uma cidade mais forte e preparada para o futuro. Com o voto aberto na Câmara Municipal de Caruaru a democracia fica mais forte e todos ganham. O debate se torna aberto e público.

O voto aberto é um bom fruto da democracia. Os atos políticos são atos públicos e não devem ser secretos. O parlamentar tem que declarar suas posições perante a opinião pública e os fatos devem ser claros. Quem não deve não teme, o politico deve ser transparente e não ter medo dos olhos do povo.

O voto aberto e declarado é um progresso na democracia, mas é importante que a sociedade cumpra seu papel político (não só nas eleições), mas acompanhar o dia-a-dia dos seus políticos e sempre buscando melhoras para a cidade. A participação cidadã tem o poder de fortalecer a democracia e cidadania.

Precisamos de mais políticos que prestem contas aos seus eleitores, e de mais eleitores que acompanhem seus representantes. Por uma democracia mais transparente temos que trabalhar dessa forma.

O povo clama por TRANSPARÊNCIA na política. Portanto que saiba aproveitar esse privilégio da democracia. Quando um vereador vota e todos sabem de sua posição, o povo aumenta a fiscalização e pode cobrar diretamente do seu representante politico.

Nenhuma Câmara Municipal pode ser engessada, sem vida e sem dinamismo. Ela precisa de pautas independentes, de interesse público e com poder de mudanças.

A participação cidadã deve ser incentivada. O voto aberto gera debate público, incentiva a participação de vários setores da sociedade e traz a discussão para todos.

Quando há respeito à democracia sempre haverá espaço para novas ideias e espaços, e novas estruturas surgirão.

O voto aberto é uma nova cultura política, que está dando seus primeiros passos, mas nasce com um futuro promissor para toda sociedade, pois ela se aprofunda na democracia e seu horizonte se amplia. PARTICIPE, não fique de fora!



Importante princípio da DEMOCRACIA